Pesquisadores do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, lançaram um estudo sobre quais seriam os verdadeiros riscos que ameaçam a nossa existência como espécie na Terra. O astrofísico britânico Lord Martin Rees explica que este é o primeiro século da história em que a principal ameaça para a humanidade não tem origem na natureza: nossa maior ameaça provém da própria humanidade.
Nenhum fator relacionado à natureza poderia, ao menos no próximo século, levar à destruição total da humanidade, já que nossa espécie teria "experiência" em lidar com estas catástrofes e já deu mostras de que tem capacidade de sobrevivência. Um possível extermínio da nossa espécie também não estaria associado a uma guerra nuclear.
Entretanto, são dois elementos bem pontuais da nossa cultura moderna que poderiam nos conduzir ao extermínio de acordo com o estudo: a biologia sintética e a inteligência artificial. A biologia sintética manipula as fronteiras da biologia humana, e um erro ou um excesso pode ser fatal para os seres humanos (como conhecemos hoje). Já no caso da inteligência artificial, esse tipo de experimento poderia levar a uma "explosão de inteligência", que estaria no fato de conceder muito poder às máquinas e os resultados disso são difíceis de serem previstos ou controlados.
Os pesquisadores têm enfatizado a necessidade de conscientização sobre estas questões, pois é preciso que a humanidade esteja ciente dos riscos pela frente e, além disso, os governos também precisam gerenciar essas ferramentas com total responsabilidade. O filósofo Instituto, Nick Bostrom, define o problema: "Estamos no nível das crianças em termos de responsabilidade moral, mas com a capacidade tecnológica de adultos."
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