Um ano após o Projeto Sign ter “fracassado” surge então outro projeto agora com o nome “Projeto Grudge” (Rancor) em 11 de fevereiro de 1949. O objetivo desse projeto era omitir informações sobre qualquer contato extraterrestre, tratando as pessoas que acreditavam no fenômeno UFO, como ” malucos”.
No entanto a Força Aérea ainda estava engajada nos estudos ufológicos, o que levou muitos a acreditar que ela estava escondendo o que realmente sabia sobre os ufos.
O Ph.D. Joseph Allen Hynek iniciava seus trabalhos em 1948 nos Projetos Sign, Grudge, Blue Book, como consultor astronômico da Força Aérea Norte Americana (USAF).
De certa forma Hynek após o estudo de vários casos percebeu que alguns avistamentos poderiam ter uma explicação astronômica, outros, seriam associados a aviões, balões, foguetes, reflexos, todos esses causadores de possíveis avistamentos falsos de ovnis. Quase 10 meses depois da criação do Projeto Grudge ele foi fechado, e seu relatório oficial afirmou que 23% dos relatos de OVNIs que não poderiam ser explicados por fenômenos comuns eram explicados por fenômenos psicológicos.
Mas a verdade é que o Projeto Grudge enquanto “oficialmente” fechado, funcionava a nível reduzido, onde o Tenente Jerry Cummings criticou a USAF pela sua pobre investigação de algo que parecia ser uma ameaça à segurança nacional. O Tenente largou a Força Aérea em 1951, e o capitão Edward Ruppelt , oficial de inteligência, foi indicado para assumir o projeto, que foi renomeado como Projeto Livro Azul. Ruppelt apresentou os resultados ao substituto do General Cabell, o General-Major Samford.
Ruppelt o novo chefe de Inteligência por trás do major-general John Samford,
imagem – simulação do general Samford conferência de 29 de julho de 1952 recriado para documentário UFO (1956) por Greene-Rouse Productions. fonte:
NICAP
Esse projeto recolheu vários casos clássicos da ufologia, mas mantendo a essência do ceticismo. Na época houve avistamentos em massa de ovnis, com pico em julho, e o radar de Washington, DC identificou a maioria desses avistamentos. Se tornaram tão constantes que até mesmo a CIA ficou preocupada, tanto que ordenaram o Escritório de Inteligência Científica para analisar os dados coletados pelo Blue book e do Centro de Inteligência Técnica Aérea de Wright-Patterson a fazer recomendações com base em suas descobertas.
A CIA agora reuniria um grupo de cientistas para analisar o fenômeno UFO, foram:
– Físico Dr. HP Robertson ( Foi o responsável por montar o “painel” de cientistas, daí o nome do grupo de “Painel Robertson”
– Físico Nuclear Dr. Samuel A Goudsmit,
– Físico especialista em partículas, Dr. Luis Alvarez ( Temos aqui um ganhador do Prêmio Nobel)
– Astrônomo Dr. Thornton L. Page
– Astrônomo e consultor do Projeto Blue Book Dr. J. A. Hynek
– Presidente da Fundação Internacional de Astronáutica Frederick C. Durant.
Após esta reunião em massa de mentes brilhantes, o Painel Robertson estabeleceu três tópicos para a conclusão dos casos fornecidos pelo Livro Azul, e todos assumiam basicamente que os ovnis eram fenômenos naturais. Mas vamos ao que interessa……
Existia uma quarta cláusula do Painel Robertson e ela foi descoberta pelo professor James E. McDonald que consistia em manter o descrédito aos ovnis.
O professor contratado para reforçar ainda mais o fenômeno UFO como mal interpretado, ganhou gosto pela teoria extraterrestre, e mudou de opinião. Se tornando uma ” pedra no sapato” da política do acobertamento.
Em 1966, surge o Comitê Condon (sob a direção do Dr. Edward U. Condon) o qual revisou todo o trabalho do Blue Book e recomendou seu desligamento. ” Pensando aqui” ” Mais que ……”
No relatório final, Condon disse que o esforço não tinha acrescentado nada no conhecimento científico.
O Projeto Blue Book foi fechado em 30 de janeiro de 1970 ( não foi em 17 de dezembro de 1969, data de comunicação do Secretário da Força Aérea).
J. A Hynek e funcionários do Centro de Estudos de OVNIs (CUFOS) estudaram um pouco mais os números de casos que o Blue Book continha, eles chegaram a cerca de 587 e não como erroneamente é descrito por alguns que são 701 avistamentos não identificados. Percebo que mesmo com aquela essência cética presentes nos projetos, a Força Aérea deixou 587 casos sem explicação. É lamentável!
O engraçado é que nos anos de 1968 e 69 foram anos de avistamentos no mundo inteiro, agora esqueceram de uma coisa, qual?
Avisar aos OVNIs que eles não existem, e que quem falou foram os nossos brilhantes cientistas, e ainda mais dos Estados Unidos …
A Força Aérea dos Estados Unidos realizou três estudos consecutivos do fenômeno OVNI durante um grande período de 22 anos:
1) Projeto Sign (1948),
2) Projeto Grudge (1948-1952),
3) Projeto Blue Book (1952-1970).
No link casos do Projeto Blue Book, você encontrará 1700 casos ao todo, contando alguns que foram “esquecidos” pela Força Aérea. Todos na ufologia devem uma enorme gratidão com o Fundo de Investigação OVNI (FUFOR), especialmente a Don Berliner, fundador do FUFOR para esta contribuição duradoura para a preservação e divulgação deste vasto tesouro de registros militares inestimáveis de OVNIs.
Abaixo um dos vídeos que foram alvo do Projeto Blue Book. Clique aqui para ter acesso ao caso no Projeto.
A filmadora utilizada por Newhouse foi uma parecida com a foto:
As imagens dos OVNIs foram filmadas por Delbert C. Newhouse às 11:00 am, em 02 de julho de 1952 nas proximidades de Tremonton, Utah.
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