O eclipse solar de dia 3 é um dos acontecimentos mais
marcantes do mês de novembro.
Este tipo de fenómeno ocorre quando, durante a lua nova,
esta passa muito perto do plano da órbita da Terra em torno do Sol, ou seja,
quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol.
Trata-se de um eclipse híbrido pois, dependendo do local de
observação, podemos ver a Lua cobrir totalmente o Sol (eclipse total) ou apenas
a sua parte central (eclipse anular).
Este evento será visível na sua totalidade ao longo da
África equatorial e de parte do oceano Atlântico. Já no nosso território o
eclipse será apenas parcial, com a Lua a cobrir cerca de 5% ou 20% do Sol, para
quem o observe desde o continente ou nas regiões autónomas.
De notar que os eclipses não se iniciam simultaneamente em
todo o lado. Assim, enquanto que em Lisboa tal fenômeno ocorre entre as 11h36 e
as 13h11, no Funchal ele irá começar um pouco mais cedo e dura algo mais (entre
as 10h59 e as 13h17). Já em Ponta Delgada este evento tem lugar das 9h47 até às
11h52.
Nunca é demais recordar os perigos decorrentes da observação
direta do Sol. Por este motivo, quem quiser observar o eclipse deve fazê-lo
projetando a luz do Sol contra um ecrã ou através de filtros adequados para o
efeito (não é recomendável usar radiografias, vidros fumados ou negativos
sobre-expostos).
Mas este mês de observações astronômicas não acaba aqui. Na
madrugada do dia 7 iremos encontrar Vênus 8 graus ao sul da Lua. Três dias
depois, tem lugar o quarto crescente e, passada uma semana (dia 17), dá-se a
lua cheia.
Por sua vez, o quarto minguante ocorre na noite de dia 25 e,
na madrugada seguinte, iremos encontrar Mercúrio a menos de 1 grau ao Sul de
Saturno. Já na noite do dia 27, a Lua irá passar a 6 graus ao Sul de Marte.
Finalmente, na noite do dia 29, iremos encontrar a Lua a
menos de 1 grau ao sul da estrela Espiga da constelação da Virgem. Este não é
um evento único neste mês, pois o mesmo tem lugar logo na madrugada do dia 2.
Se as condições forem favoráveis, o final deste mês pode
reservar-nos outra surpresa. Quem olhar para nordeste pouco antes do amanhecer
talvez consiga distinguir uma mancha difusa no céu: trata-se do cometa ISON (ou
C/2012 S1).
É no dia 28 que este cometa fará a sua maior aproximação ao
Sol, chegando a distar da superfície solar cerca de duas vezes o raio do Sol.
Ainda não se sabe se este cometa vai sobreviver a tal “encontro imediato” ou se
antes do final do mês ele será visível a olho nu.
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