A Coreia do Norte acusou os Estados Unidos, nesta terça-feira (2), de levarem a península coreana para a beira de uma guerra nuclear depois de exercícios de treinamento com as forças aéreas da Coreia do Sul e do Japão. Duas aeronaves supersônicas B-1B Lancer foram mobilizadas em meio à crescente tensão sobre o desenvolvimento dos programas nuclear e de míssil da Coreia do Norte em desafio a sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e a pressão dos Estados Unidos.
O voo das duas aeronaves na segunda-feira (1º) veio enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que ficaria "honrado" em encontrar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, nas circunstâncias corretas, e enquanto o diretor da CIA (Agência de Inteligência dos EUA) aterrissou na Coreia do Sul para conversas.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, Moon Sang-gyun, disse, em uma coletiva de imprensa em Seul, que o exercício conjunto de segunda-feira foi conduzido para desencorajar provocações da Coreia do Norte.
'Imprudente'
A Coreia do Norte disse que as aeronaves conduziram um "exercício de lançamento de bomba nuclear contra objetos importantes" em seu território, em um momento em que Trump e "outros militaristas norte-americanos estão pedindo para fazer um ataque nuclear preventivo" na Coreia do Norte.
"A imprudente provocação militar está empurrando a situação da península coreana para a beira de uma guerra nuclear", informou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, nesta terça-feira.
(Com James Pearson, em Seul [Coreia do Sul], e Ayesha Rascoe, em Washington [Estados Unidos])
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