Na décima edição do Guten Morgen, o podcast do Senso Incomum, fizemos um apanhado especial sobre os vazamentos da Open Society, de Goerge Soros. Talvez este tenha sido o acontecimento mais importante da década, mas como ele afeta diretamente a imprensa mundial, incluindo a brasileira, pouco ou, em nosso país, nada se falou sobre o caso.
Houve uma mudança de mentalidade gritante nas últimas décadas. Quem tem mais de 25 anos sabe que as preocupações que agitavam jovens, analistas políticos e intelectuais há cerca de 15 ou 20 anos eram completamente diferentes das de hoje.
As inquietações modernas atendem por nomes terminados em -ismos, e hoje é consenso que a grande luta deve ser por causas como o feminismo, ou lutas anti-racismo, machismo e homofobia. O “politicamente correto” não precisa necessariamente dizer seu nome, mas é a tônica de nossos discursos. Causas como a legalização do aborto, o casamento gay, o desarmamento e a superação da família tradicional já são debatidas abertamente pela sociedade.
A interpretação de tais mudanças é de uma marcha inexorável de idéias progressistas da própria História, livrando-se de pensamentos conservadores, obscurantistas e ultrapassadas.
Mas como se deu a interconexão global de tal mentalidade? Será que apenas a forma da internet, com seu pouco público leitor, foi capaz de causar mudanças tão repentinas em lugares tão distintos quanto Brasil e América, Áustria e México, Nova Zelândia e Suécia?
Nesta semana, o maior promotor de tais políticas no mundo, o mega-investidor George Soros, teve contas de sua fundação, a Open Society, hackeadas. O vazamento não surpreendeu ninguém que estuda o globalismo, que já analisamos aqui no caso Brexit. Entretanto, o termo ainda nem é conhecido no Brasil, sendo confundido, por exemplo, com “globalização” (quase o seu oposto) ou com o velho socialismo, ou apenas com a ONU.
Figura pouco (ou nada) conhecida no Brasil, George Soros financia pesquisas, faz lobby em organismos internacionais, dá dinheiro para revoltas e revoluções nos quatro cantos do mundo, é praticamente criador do Fórum Econômico Mundial e consegue mudar toda a mentalidade de jornalistas a estudantes adolescentes para pensar exatamente como ele quer.
Neste podcast, talvez nosso mais importante episódio até o momento, entenderemos o básico que precisamos entender para saber por que o mundo atual pensa desta forma. Todos parecem se considerar críticos, mas quase ninguém sabe explicar de onde vêm suas próprias idéias. Boa parte delas tem uma origem icônica: George Soros.
Sobretudo: quem serve a George Soros e recebe dinheiro dele no Brasil?